terça-feira, 9 de outubro de 2007

A sad history

Uma história comum, poderia estar aqui falando do um cotidiano suicídio social, uma vida sem alegrias, um antro de pessoas desoladas.
Mas pularemos essa parte irrelevante, até porque poderia existir ou não, caso fosse feita uma análise maior, mas enfim..totalmente desnecessária.

Apenas um ser, que na nossa história não é nem humano nem não-humano, nem um sexo definido, assim não teremos uma idéia fixa..ficamos livres pra imaginar.

O ser nada comum, mas também não muito ordinário, apenas um que pensava em vez de falar, que passou parte da sua vida fugindo e mentindo - nas poucas vezes que falava - mas não para atrapalha alguém mas para viver uma vida de acordo com o que acham que o ser deveria viver, e longe disso ser uma justificativa,apesar do ser (vamos chamá-lo de 98 pra facilitar) ter conhecimento disso, mas o que realmente importava ao 98 era a liberdade de ter o que falar, quando falar e saber se devia falar ao não. Uma indagação, já que ele falava pouco suas mentiras eram a única coisa que falava, amigos partiram como conhecidos, família nunca realmente existiu já que a ausência era a maior companhia que 98 tinha.

Sentir assim o fez ver que não adiantava falar, mentir, chorar ou gritar, mas viu que a única coisa que resolvia era pensar. No pensamento via-se rei do seu próprio mundo,sem medos, sem mentiras e/ou verdades, sem problemas, sem ninguém para ter a quer mentir..só 90, 98 mesmo e todos 98's.

Um suicídio começou a cochichar em seu ouvido, um suspiro de morte passou pela sua espinha...e uma bala de 38 atravessou seu crânio.
Seu mundo de pensamento agora estava banhado em sangue, 98's morriam afogados e vermelhos, olhos de medo, de pavor. Gritos entristecedores na rua em que morava, a ausência agora foi esmagada pela solidão dos que ouviam suas poucas palavras e sua única mentira, a única coisa que falou sua vida toda...

"-Estou bem, não se preocupem!".


Todos choraram, todos quiseram estar com aqueles milhares de 98's afogados e tentar abraçar cada um deles, se não salvá-los daquele banho sangrento e doloroso, mas ao menos fazer companhia aquele único 98 que chorava ao se ver, triste, sozinho, calado, mentiroso, com frio e desesperado por um pouco mais de carinho humano.

O 98 enfim deu seu suspiro final, aquele 98 sozinho no canto foi arrastado também pela bala vermelha...e todos os 98's enfim foram drenados para fora do mundo, o qual o 98 que criou acabou destruindo ao procurar uma saída daquele inferno sombrio e gélido que alguns chamavam de vida.

Acabou que a história do 98 foi sim de suicídio...
um que até hoje, poucos choram ao lembrar que um ser "98" realmente existiu e morreu ao tentar fugira da vida patética ao qual ficou preso em seus pequenos 27 anos de vida.

Um comentário:

Joice disse...

Nossa muito intrigante e ao msm tempo interessante..Pessoas como o "98" existem por aí a fora..Não é mero devaneio mas realidade..