terça-feira, 23 de outubro de 2007

Revolta

Incrivelmente errado como as coisas funcionam...
não adianta mudar...não adianta controlar...
sempre acontece...

sem saber o que falar no momento
a cabeça tá doendo..
tô inconformado...
enfim
aos leitores...
fica aqui um breve até logo

domingo, 21 de outubro de 2007

Desnecessariamente hoje

Outro devaneio, um simples sinal de que ainda consigo.
Devagar e aos poucos me infiltro cada vez mais, o envolvimento apesar de só emocional cresce cada vez mais,
o desejo aumenta sim, os dias vem melhorando...uns poucos pioram
mas por agora estou satisfeito com as coisas.

Ações ainda implicam em reações,
até agora simplesmente controláveis...porém afetam o decorrer das coisas.

Divergências,confusões,alegres discussões
Emoções em mensagens, discursos estranhos, um amor pra recordar.

Ciúmes,desejos, luxúria...preguiça!!

Algo assim anormalmente normal!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Quase (Luis Fernando Veríssimo)

O Quase*
Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(Luiz Fernando Verissimo)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A sad history

Uma história comum, poderia estar aqui falando do um cotidiano suicídio social, uma vida sem alegrias, um antro de pessoas desoladas.
Mas pularemos essa parte irrelevante, até porque poderia existir ou não, caso fosse feita uma análise maior, mas enfim..totalmente desnecessária.

Apenas um ser, que na nossa história não é nem humano nem não-humano, nem um sexo definido, assim não teremos uma idéia fixa..ficamos livres pra imaginar.

O ser nada comum, mas também não muito ordinário, apenas um que pensava em vez de falar, que passou parte da sua vida fugindo e mentindo - nas poucas vezes que falava - mas não para atrapalha alguém mas para viver uma vida de acordo com o que acham que o ser deveria viver, e longe disso ser uma justificativa,apesar do ser (vamos chamá-lo de 98 pra facilitar) ter conhecimento disso, mas o que realmente importava ao 98 era a liberdade de ter o que falar, quando falar e saber se devia falar ao não. Uma indagação, já que ele falava pouco suas mentiras eram a única coisa que falava, amigos partiram como conhecidos, família nunca realmente existiu já que a ausência era a maior companhia que 98 tinha.

Sentir assim o fez ver que não adiantava falar, mentir, chorar ou gritar, mas viu que a única coisa que resolvia era pensar. No pensamento via-se rei do seu próprio mundo,sem medos, sem mentiras e/ou verdades, sem problemas, sem ninguém para ter a quer mentir..só 90, 98 mesmo e todos 98's.

Um suicídio começou a cochichar em seu ouvido, um suspiro de morte passou pela sua espinha...e uma bala de 38 atravessou seu crânio.
Seu mundo de pensamento agora estava banhado em sangue, 98's morriam afogados e vermelhos, olhos de medo, de pavor. Gritos entristecedores na rua em que morava, a ausência agora foi esmagada pela solidão dos que ouviam suas poucas palavras e sua única mentira, a única coisa que falou sua vida toda...

"-Estou bem, não se preocupem!".


Todos choraram, todos quiseram estar com aqueles milhares de 98's afogados e tentar abraçar cada um deles, se não salvá-los daquele banho sangrento e doloroso, mas ao menos fazer companhia aquele único 98 que chorava ao se ver, triste, sozinho, calado, mentiroso, com frio e desesperado por um pouco mais de carinho humano.

O 98 enfim deu seu suspiro final, aquele 98 sozinho no canto foi arrastado também pela bala vermelha...e todos os 98's enfim foram drenados para fora do mundo, o qual o 98 que criou acabou destruindo ao procurar uma saída daquele inferno sombrio e gélido que alguns chamavam de vida.

Acabou que a história do 98 foi sim de suicídio...
um que até hoje, poucos choram ao lembrar que um ser "98" realmente existiu e morreu ao tentar fugira da vida patética ao qual ficou preso em seus pequenos 27 anos de vida.